Janeiro foi escolhido para conscientizar a população sobre o câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical, e causado pela infecção frequente de alguns tipos de Papilmavírus Humano (HPV). Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) revelam que este é o terceiro tumor maligno mais frequente e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. O Instituto estimou mais de 16 mil novos casos para o ano passado.
A médica oncologista Janaína Jabur, da Aliança Instituto de Oncologia, explica que os riscos para o desenvolvimento da doença incluem o início de atividade sexual precoce e vários parceiros, o tabagismo e, ainda, o uso prolongado de anticoncepcionais.
“Essa é uma doença de crescimento lento, então muitas vezes a mulher não tem sintomas na fase inicial, por isso, é de extrema importância fazer os exames de prevenção com frequência”, destaca a médica. Ela complementa: “nas fases mais avançadas, a mulher pode ter sangramento vaginal intermitente, dor na barriga, dor ao urinar, secreção vaginal com cheiro forte, entre outros indícios”, exemplifica.
Conforme a especialista, o tratamento vai depender da fase do diagnóstico, mas pode envolver quimioterapia e radioterapia e até cirurgia. “Ele será individualizado conforme a extensão da doença. O tratamento geralmente é coordenado pelo oncologista que vai dizer qual é a melhor sequência no momento da descoberta”, afirma.
Diagnóstico
O câncer do colo do útero pode ser descoberto através de alguns testes, como o exame pélvico, história clínica, exame preventivo, colposcopia e biópsia.
Vacinação contra a doença
Em 2014, o Ministério da Saúde implementou a vacina tetravalente contra o HPV para meninas de nove a 13 anos. Mas desde o ano de 2017, esse público foi ampliado. A partir daquele ano, meninas de nove a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos podem se vacinar. De acordo com a entidade, esse medicamento protege contra os tipos 6,11,16 e 18 do HPV, sendo que os dois primeiros causam verrugas nos órgãos genitais e os dois últimos representam 70% dos casos de câncer do colo do útero.
“A vacina e o exame preventivo, mais conhecido como Papanicolau, se completam no quesito de prevenção à doença. É importante lembrar às mulheres que mesmo se vacinando é preciso fazer o preventivo periodicamente depois dos 25 anos, pois a vacina não protege contra todos os tipos de HPV”, destaca Janaína.
YOFonte: Dino Noticias